domingo, abril 28, 2024

Caixa continua sem atender demanda pelo fim da função por minuto

Banco também não apresentou respostas para a reivindicação da exclusão dos caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor do “time de vendas” e tampouco sobre o questionamento com relação à redução da jornada com redução salarial dos tesoureiros

O Grupo de Trabalho formado por representantes da Caixa Econômica Federal e dos empregados Contec e Contraf para tratar de questões específicas dos trabalhadores que exercem as funções de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor retomou as negociações, nesta terça-feira (27). O banco continuou se esquivando das respostas sobre o fim da designação de função por minuto e retorno das funções efetivas.  Pela Contec coordenou o diretor do Sindicato dos Bancários de Maringa, FEEB PR, Carlos Rodrigues.


“O banco está apresentando respostas sobre questões pontuais, que também são importantes, mas não trazem nada de efetivo sobre as principais demandas que apresentadas.  Foi pedido para que o  banco reveja as atas de reuniões e reveja as prioridades dos empregados.

Para a comissão dos empregados a designação da função por minuto para os caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor inviabiliza o trabalho, gera tensão, adoecimento e prejuízo aos trabalhadores. “A função minuto é uma aberração! É uma atividade que não conta pra nada na carreira dos empregados, fora a questão dos reflexos de final de semana, PLR, férias e afins. Isso sem contar a sobrecarga de trabalho e a cobrança de vendas.

Com o intuito de minimizar as ações judiciais, a representação dos trabalhadores também solicitou a inclusão da “pausa de 10 minutos” como objeto das Comissões de Conciliação Voluntárias (CCVs).

Tesoureiros

Outro ponto importante que ficou sem resposta foi o questionamento dos trabalhadores feito na reunião passada sobre o banco estar reduzindo a jornada de tesoureiros, de oito para seis horas, com redução proporcional do salário e orientação para que não sejam autorizadas horas-extras para estes profissionais.

O movimento sindical observou que existe decisão judicial para que a Caixa reduza a jornada da função. A redução dos salários foi uma liberalidade tomada pelo banco, uma vez que as ações judiciais não mencionam a redução salarial.

Outras demandas sem repostas

Na reunião anterior o banco havia dito não existir orientação neste sentido e que era preciso analisar casos específicos. Os casos continuaram acontecendo em diversas regiões do país.

Nenhuma resposta foi dada, também sobre a exclusão das funções de caixa, tesoureiro e avaliador de penhor do “time de vendas” e tampouco sobre a revisão do Programa Qualidade de Vendas (PQV), que, ao invés de ser educativo está sendo usado como ferramenta de punição aos empregados quando existe uma venda “indevida”. “Mas, o problema que são as metas abusivas que é o cerne não está sendo resolvido.

Um ponto reforçado na reunião foi a necessidade urgente de troca de equipamentos, bem como a estabilidade dos sistemas. “Na última reunião, a Caixa trouxe a informação de melhorias no SISAG (Sistema de Automação de Produtos e Serviços Bancários de Agência), mas o que pudemos perceber é que o sistema passou a ficar mais instável, afetando inclusive outras aplicações. Isso tem prejudicado o trabalho dos empregados e causado demora no atendimento à população.

Ao final da reunião, após a representação dos trabalhadores reforçar a cobrança de respostas, a representação do banco tentou argumentar que as atividades realizadas estão dentro do escopo de trabalho das funções. Mas, a coordenadora da CEE lembrou que, na reunião passada, já havia discordância desta argumentação e o pedido para que o banco resgatasse as atribuições previstas no RH183 e comparasse com o que os empregados vêm fazendo na prática, para que eles não executem tarefas que não sejam de suas responsabilidades, com a intenção acabar com os desvios de funções.

Após esta observação, a representação da Caixa disse que levaria as questões para serem analisadas pelos setores específicos.

A representação sindical reforçou outro pedido feito na reunião passada, para que a Caixa aprimore a ata das reuniões, de modo a facilitar o atendimento das reivindicações e o acompanhamento do que está sendo realizado.

Respostas dadas

O banco relembrou que demandas sobre a melhoria dos mobiliários, contemplando a substituição com participação avaliação pelos usuários, foram atendidas. Disse também que existe um cronograma para a adaptação de agências para pessoas com deficiência (PCDs). Também está sendo realizada a revisão da formação de avaliadores de penhor.

GT PARITÁRIO CONTEC/CONTRAF

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